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Alexandre Pato quer pagar translado de brasileira que morreu em vulcão

Brasil | Hoje às 09:43 |

Alexandre Pato, ex-jogador da seleção brasileira e com passagem pelo Milan, entrou em contato com a família de Juliana Marins para se oferecer a custear a repatriação do corpo da turista brasileira que morreu após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia.

O caso tem comovido o Brasil, e Alexandre Pato também teria se sensibilizado com a tragédia, se disponibilizando para pagar os custos da transladação, já que o governo brasileiro não pode arcar com esse tipo de despesa. A legislação brasileira não prevê o pagamento de translado nem cobertura de funeral de cidadãos que morram no exterior.

“Alexandre Pato entrou em contato, sim, via Instagram, e conseguiu conversar com a família. Essa foi a resposta que ele pediu para repassar à imprensa. Como é algo pessoal, ele prefere não se pronunciar publicamente sobre o assunto”, informou a assessoria do SBT — emissora ligada à família de Rebeca Abravanel, esposa de Pato — ao jornal Extra.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a legislação brasileira “proíbe expressamente” o uso de recursos públicos para esse fim, como informou o UOL.

Ainda assim, o governo oferece apoio consular, como orientação aos familiares, contato com as autoridades locais e emissão de documentos, como o atestado consular de óbito — isso apenas após o fim dos trâmites obrigatórios no país onde ocorreu a morte.

A imprensa brasileira estima que o custo da transladação do corpo de Juliana gira entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, ou seja, mais de três mil euros.

Especialistas criticam operação de resgate

O caso tem gerado ampla repercussão no Brasil. O portal G1 ouviu especialistas em montanhismo que apontaram várias falhas graves que podem ter contribuído para o desfecho trágico.

Entre os principais problemas estão:

A falta de exigência de equipamentos adequados; O abandono da turista durante a trilha; A falta de preparo dos guias locais; O terreno instável e o clima extremo; O resgate lento e desorganizado; O uso tardio e limitado de tecnologia; Além de obstáculos diplomáticos e logísticos. Especialistas também criticaram a lentidão na operação, mesmo após um drone ter localizado Juliana no dia da queda.

“O tempo pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Se a equipe não tem condições de realizar o resgate imediato, é preciso acionar as autoridades locais, bombeiros, embaixada, seguro de viagem...”, alertou Aretha Duarte, montanhista que já percorreu o mesmo trajeto há 10 anos.

Quem era Juliana Marins?

Juliana Marins, de 26 anos, era formada em Publicidade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Há alguns meses, decidiu embarcar sozinha em uma viagem pela Ásia, passando pelas Filipinas, Vietnã, Tailândia e Indonésia, onde chegou no fim de fevereiro.

Ela foi vista pela última vez por volta das 17h10 (horário local) no sábado — 10h00 em Lisboa — por um drone de outros turistas. Nas imagens, Juliana aparecia sentada após uma queda. Porém, quando as equipes de resgate chegaram ao local, ela já não estava mais lá. Posteriormente, apurou-se que ela sofreu uma segunda queda, que a levou para um ponto a mais de um quilômetro do local original.

Na terça-feira, a família anunciou que as equipes de resgate conseguiram chegar ao corpo de Juliana, mas ela já havia falecido.

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| Foto: Notícias ao Minuto |
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