A Polícia Civil (PC) deflagrou na manhã desta terça-feira (30) a Operação Top Fake, resultado de uma investigação que vinha sendo conduzida há cerca de quatro meses. O inquérito teve início a partir da análise de informações extraídas de um telefone celular, que apontaram a existência de uma organização criminosa estruturada e ativa em diversas cidades do Paraná, incluindo Toledo, Cascavel, Goioerê e Guarapuava.
De acordo com o delegado Leandro Stabile, o grupo utilizava a fachada de um serviço de delivery de lanches para mascarar o tráfico de drogas. As motocicletas usadas para o transporte dos entorpecentes, inclusive, eram plotadas como se pertencessem a uma lanchonete legítima. A principal função era o comércio de drogas.
No total, foram expedidos 21 mandados judiciais, sendo 12 de prisão preventiva e nove de busca e apreensão. Até o momento, 10 pessoas foram presas, todas em Toledo, enquanto duas seguem foragidas. Entre os detidos está uma mulher de 32 anos, apontada como uma das principais líderes da organização criminosa. Ao todo, três pessoas foram identificadas como coordenadoras do esquema, sendo ela considerada a maior responsável.
Durante a operação, que contou com a participação de cerca de 60 policiais civis e militares, além do grupamento aéreo, foram apreendidos quase R$ 2 mil em dinheiro, drogas, uma arma de fogo e diversos telefones celulares. Todo o material recolhido passará por perícia, o que pode subsidiar novas fases da investigação.
Segundo o delegado responsável, Leandro Stábile, a quadrilha também mantinha conexões financeiras que envolviam lavagem de dinheiro. A análise de transações bancárias foi fundamental para identificar o número de integrantes do grupo e mapear a sua atuação. Ele destacou que a central da organização estava em Toledo, mas a maior parte das negociações se desenvolvia a partir de Guarapuava.
Os presos foram encaminhados à 20ª Subdivisão Policial de Toledo (20ª SDP) e deverão passar por audiência de custódia. A Polícia Civil não descarta a deflagração de novas etapas da Operação Top Fake, já que os equipamentos apreendidos podem revelar mais ramificações da rede criminosa.
O delegado-chefe da 20ª SDP, Alexandre Macorin, ressaltou ainda que o combate ao tráfico de drogas é uma prioridade, uma vez que a desarticulação de pontos de venda impacta diretamente em outros delitos, como crimes contra a vida e contra o patrimônio, frequentemente ligados à receptação de objetos furtados em troca de entorpecentes.
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