Uma menina de 1 ano e 9 meses foi morta na manhã desta quarta-feira (9) após ter sido violentada pelo próprio pai, em Camapuã (MS). Segundo a Polícia Militar, o homem confessou o crime e foi preso em flagrante.
De acordo com o boletim da PM, a mãe levou a bebê primeiramente a uma unidade básica de saúde na Vila Industrial. Devido à gravidade do caso, uma equipe do SAMU foi chamada e realizou o transporte emergencial da criança e da mãe para o hospital, onde o óbito foi confirmado. Ainda segundo a polícia, foram identificadas lesões de abuso no corpo da menina.
A morte da menina ocorreu na manhã seguinte à bebê ter recebido alta hospitalar, onde estava internada para tratar uma infecção na área de sua traqueostomia, no Hospital Universitário de Campo Grande.
No boletim, a polícia diz que a criança já chegou sem vida ao hospital e que foram identificadas lesões de abuso em seu corpo. À polícia, a mulher contou que trocou a fralda da filha pela manhã, mas não notou sinais de abuso.
O pai foi preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável com resultado em morte. À polícia, ele confessou o crime e deu detalhes de como agiu. Segundo o delegado Matheus Vital, responsável pelo caso, a mãe da criança e ex-esposa do suspeito afirmou, em um primeiro momento, que não sabia do crime. Apesar disso, a Polícia Civil investiga se houve omissão ou negligência por parte dela.
“Ele confessou os abusos. A mãe afirmou que não sabia, contudo, se ficar evidenciado na investigação que ela teve passividade/omissão, sem dúvidas irá responder também”, afirmou o delegado.
A menina, que usava traqueostomia, havia sido atendida no Hospital Universitário de Campo Grande para tratar uma infestação causada por larvas. Ela deu entrada no HU no dia 28 de junho, segundo o hospital, com infecção na traqueostomia, larvas, piolhos e pneumonia. A bebê tinha ainda histórico de dificuldade respiratória, convulsões e choque.
"Durante a internação, ficou estável, respirando bem, comendo normalmente e sem febre após o início do tratamento. No dia 30/06/2025, passou por uma cirurgia para retirar as larvas e trocar a cânula da traqueostomia por causa de um estreitamento na traqueia", disse o hospital em nota.
Segundo o delegado, o hospital será oficiado para fornecer os dados do tratamento da criança.
“Soubemos pela genitora que ela havia recebido alta há dois dias do HU porque estava tratando uma miíase. Se for evidenciado que houve ausência de cuidados imprescindíveis pelos genitores, também serão indiciados pelos maus-tratos”.
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