O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, disse em reunião do Conselho Deliberativo que o sucesso do Maracanã ajuda no projeto do novo estádio rubro-negro.
O dirigente foi indagado sobre o assunto por um dos conselheiros e afirmou que o aumento da rentabilidade da atual casa rubro-negra é importante para crescer a margem de arrecadação do clube.
Por esse raciocínio, com mais recursos, o Flamengo pode ficar mais perto de atingir a viabilidade para colocar o empreendimento em pé.
Bap aproveitou a reunião do Conselho para apresentar alguns números econômicos da gestão do Fla no estádio.
A projeção é que a empresa gestora do Maracanã tenha R$ 30 milhões de lucro em 2025.
Para caber mais gente, a diretoria disse que planeja até instalar uma rede separando a torcida visitante, no setor Sul, de uma área da arquibancada que nesta terça-feira (12) fica inutilizada.
Curiosidade sobre a posição do presidente
A posição de Bap estava sendo aguardada, diante da especulação se ele usaria a reunião para "desembarcar" de vez do projeto do estádio, cujo terreno foi comprado na gestão anterior, de Rodolfo Landim.
Bap adotou um tom visto por opositores como menos definitivo. Até porque poderia ser pressionado sobre isso no ambiente político do clube e por uma ala da torcida.
A diretoria, no entanto, já disse que estudos apontam ser inviável o início da construção no momento.
Se embarcasse de cabeça no estádio agora, a gestão atual entende que comprometeria esportivamente o time, tamanho o volume de dinheiro necessário -na casa dos R$ 3 bilhões.
Para melhorar o desempenho financeiro do estádio, o Flamengo se valeu da tranquilidade de ter conseguido a concessão do Maracanã pelos próximos 20 anos.
Conselheiros de oposição reconheceram que a gestão atual faz um bom trabalho, mas ressaltaram que Bap pegou a progressão de um trabalho no estádio que vem desde a volta do Flamengo ao Maracanã, por meio da permissão de uso, ainda antes da licitação.
Neste ano, o Flamengo conseguiu renegociar acordos com fornecedores para reduzir custos. Inicialmente, diminuiu 10% de todos os contratos e, depois, 20% de alguns deles.
Por isso, a projeção de crescimento de receitas que pode deixar o clube mais forte financeiramente. E, segundo Bap, ter mais fôlego para construir a casa própria no futuro.