Um tio, de 41 anos, é acusado de abusar sexualmente diversas vezes da sobrinha, de 13 anos, quando buscava ela em uma escola de Manacapuru, no Amazonas. Para amedrontar a criança, o homem fazia ameaças contra a segurança dela e dos familiares da menina: “Se contar, faço pior”, teria dito o suspeito em uma ocasião.
O homem foi preso na última quarta-feira (30), em Manacapuru, por agentes da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) do município. O tio que abusou da sobrinha deve responder pelo crime de estupro de vulnerável, porque os crimes começaram quando a vítima tinha apenas seis anos.
Apuração da Polícia Civil apontou que o tio ficava responsável em buscar a sobrinha na escola. Os pais da menina são separados e ela ficava durante o dia na casa da avó e tia (ambas parentes da mãe da vítima).
Enquanto o pai levava a criança à escola, o tio buscava a sobrinha e aproveitava o tempo sozinho com a menina para cometer os abusos sexuais. O suspeito levava a menina para um terreno baldio e lá cometia o estupro.
Tio ficou mais violento com sobrinha após ela tentar contar para esposa deleA delegada da DEP de Manacapuru, Joyce Coelho, disse que com o passar do tempo, o tio se tornou mais violento com a sobrinha. O principal motivo teria sido uma tentativa da vítima contar a esposa do abusador – irmã da mãe dela, sobre os crimes.
“Várias vezes ela chegava na casa da avó chorando e o indivíduo dizia que havia chamado atenção dela “por ter esquecido algo na escola”, e toda a família acreditava nele”, disse a delegada.
Além dos abusos em terrenos baldios, o tio começou a abusar a sobrinha também no carro dele. O homem a obrigava a trafegar com ele despida no veículo.
Sem apoio dos familiares, que não acreditavam nas denúncias, a vítima decidiu não mais denunciar os abusos do tio, até que ela foi encaminhada pelos pais a um psicólogo, após demonstrar “comportamentos estranhos”.
“Foi então que ela conseguiu relatar todos os fatos e o pai da adolescente levou o caso à DEP de Manacapuru para que pudéssemos ouvi-la. A vítima chegou a falar para a tia: “tia, o titio contou aqui (apontando para a sua genitália), e isso jamais poderia ser relevado. Se isso fosse levado em consideração naquela época, quantos outros abusos não teriam sido evitados? Sabemos que o trauma que a vítima vai carregar será para a vida toda”, finalizou a delegada.