Um homem é suspeito de atirar contra a ex-companheira, de 34 anos, e a filha, de 3. A criança foi encontrada morta dentro de um carro estacionado nesta segunda-feira (23) em Londrina, no norte do Paraná. O suspeito, que não teve o nome divulgado, foi preso horas depois em um bar.
O crime aconteceu em um condomínio na Avenida Paulo Akaichi. Conforme informações apuradas com a Guarda Municipal pela RPC, o homem colocou a filha no carrinho de bebê e disparou contra a menina.
Em seguida, ele atingiu a mulher e fugiu. Ela foi internada no Hospital da Zona Norte de Londrina com ferimento na cabeça. Conforme informações da unidade, vítima está estável.
A criança estava na Rua Ângela Munhoz Moreno, dentro do veículo. O óbito foi confirmado pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros realizaram buscas pelo homem. Ele foi encontrado em um bar da cidade, após denúncia anônima.
A Guarda Municipal, que realizou a prisão, informou que ele ainda tentou fugir ao perceber que seria abordado. Com ele, foi encontrada um revólver e uma munição.
Motivação
Ao ser preso, o homem disse que "se sentiu no direito". A informação foi divulgada pelo guarda municipal (GM) Marcos Godoy.
O GM também explicou que a ex-companheira do suspeito iria se casar com o novo namorado, nesta segunda-feira (23), e que o homem não aceitava o fim do relacionamento.
O evento seria durante a tarde.
Investigação
A menina de três anos de idade que foi morta a tiros pelo próprio pai, Diego de Souza gostava de passar finais de semana com o homem, segundo o delegado João Reis.
Apesar da mãe da criança - que também foi alvo dos disparos - ter uma medida protetiva contra ele devido a um caso anterior de violência doméstica, os dois tinham um bom relacionamento atualmente, relata Reis.
"A mãe relatou que a criança adorava ele. A criança gostava de passar finais de semana com ele, então a mãe nunca desconfiou de nenhuma situação. [...] Nunca ouviu nenhum tipo de ameaça, como: 'Vou te matar e matar a criança se você não ficar comigo'", contou o delegado, em uma entrevista coletiva.
Na coletiva de imprensa, o delegado também afirmou que primeiro Diego atirou na filha e depois na ex, e que após ser alvo de um disparo a mulher se fingiu de morta para que o ataque não continuasse.
"Foi quando ele entrou no carro pra sair com a criança que bateu o desespero nela, porque aí que ela percebeu que a criança estava no carro ainda. Ela, então, foi pedir por socorro pras pessoas próximas", detalha Reis.
Diego fugiu do local do crime e foi preso horas depois em um bar da cidade, após denúncia anônima.
Durante o depoimento à polícia, o homem afirmou que não tinha a intenção de atirar contra as vítimas.
" Foi coisa que passou na minha cabeça na hora. Sim, me arrependo bastante, mas não estava [premeditado]… O meu plano primário era eu me matar, eu não suportava a ideia dela [a filha] ficar longe de mim e ficar com outro pai", disse Diego.
De acordo com o delegado, ele vai responder pelos crimes de feminicídio (contra a filha), tentativa de feminicídio (contra a ex), porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e resistência à prisão.
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